mardi 12 avril 2016

O maior progenitor português foi um padre!


O maior progenitor português foi um padre!

Sexo, religião, politica e justiça constituem ingredientes bastantes para uma boa história de sacanagem. algumas questões que ainda hoje ensombram a vida pública já se arrastam através dos séculos. A libertinagem de alguns agentes da igreja, a desertificação do interior e a ingerência do poder político nas decisões judiciais são, entre outras, as que podemos encontrar na breve historieta que se segue:

O Padre Francisco Costa foi provavelmente o maior progenitor português. Ele era prior da cidade medieval de Trancoso no século XV, dando origem a 275 filhos concebidos por 54 mulheres. Em processo movido por libertinagem na época o padre chegou a confessar que manteve relações sexuais e teve filhos com 29 afilhadas, 9 comadres, 7 amas, 2 escravas, 5 irmãs e uma tia, além da própria mãe.

Conforme sentença proferida em 1487 (cuja cópia repousa no Instituto Arquivos Nacionais Torre do Tombo, em Lisboa) ele foi condenado e a sua pena passava pelo arrastamento nos rabos dos cavalos pelas ruas públicas, com seu corpo em seguida sendo esquartejado e posto aos quartos, onde a cabeça e as mãos seriam depositadas em diferentes distritos.

Porém o rei D. João II entendeu perdoar-lhe a pena e ordenou que fosse enviado para casa no dia 1 de Março desse mesmo ano, baseado no facto de "o padre Francisco Costa ter contribuído para o povoamento da Beira Alta".

A casa onde viveu o padre Francisco Costa é agora o restaurante "O MUSEU".

Sentença Proferida Em 1487 Contra O Prior de Trancoso

Do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Autos arquivados no armário 5, maço 7:

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado, o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido:

- Com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos;

- De cinco irmãs teve dezoito filhas;

- De nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas;

- De sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas;

- De duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas;

- Dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas,

- Da própria mãe teve dois filhos.

Total: "duzentos e setenta e cinco, sendo cento e quarenta e oito do sexo feminino e cento e vinte e sete do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e quatro mulheres".

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