O maior
progenitor português foi um padre!
Sexo, religião, politica e justiça
constituem ingredientes bastantes para uma boa história de sacanagem. algumas
questões que ainda hoje ensombram a vida pública já se arrastam através dos
séculos. A libertinagem de alguns agentes da igreja, a desertificação do
interior e a ingerência do poder político nas decisões judiciais são, entre
outras, as que podemos encontrar na breve historieta que se segue:
O Padre
Francisco Costa foi provavelmente o maior progenitor
português. Ele era prior da cidade medieval de Trancoso no
século XV, dando origem a 275 filhos concebidos por 54 mulheres. Em processo movido por libertinagem
na época o padre chegou a confessar que manteve relações sexuais e teve filhos com 29 afilhadas, 9 comadres, 7 amas, 2 escravas, 5
irmãs e uma tia, além da própria mãe.
Conforme sentença proferida em 1487
(cuja cópia repousa no Instituto Arquivos Nacionais Torre do Tombo, em Lisboa)
ele foi condenado e a sua pena passava pelo arrastamento nos rabos dos cavalos
pelas ruas públicas, com seu corpo em seguida sendo esquartejado e posto aos
quartos, onde a cabeça e as mãos seriam depositadas em diferentes distritos.
Porém o rei D. João II entendeu
perdoar-lhe a pena e ordenou que fosse enviado para casa no dia 1 de Março
desse mesmo ano, baseado no facto de "o padre Francisco Costa ter
contribuído para o povoamento da Beira Alta".
A casa onde viveu o padre Francisco
Costa é agora o restaurante "O MUSEU".
Sentença Proferida Em 1487 Contra O
Prior de Trancoso
Do
Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Autos
arquivados no armário 5, maço 7:
"Padre Francisco da Costa, prior
de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e
arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado, o seu corpo
e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi
arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido:
- Com vinte e
nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos;
- De cinco irmãs
teve dezoito filhas;
- De nove comadres trinta e oito
filhos e dezoito filhas;
- De sete amas teve vinte e nove
filhos e cinco filhas;
- De duas escravas teve vinte e um
filhos e sete filhas;
- Dormiu com uma
tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas,
- Da própria mãe teve dois filhos.
Total: "duzentos e setenta e cinco, sendo cento e quarenta e oito do sexo feminino e cento e vinte e sete do
sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e quatro mulheres".
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire