dimanche 24 mars 2019

Padre de Trancoso com 299 filhos

História insólita de Portugal: padre com 299 filhos perdoado por repovoar Trancoso


O Padre Costa de Trancoso teve 299 filhos, alguns deles da sua própria mãe e das suas irmãs, mas foi perdoado porque... contribuiu para repovoar Trancoso.
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Ao ouviu falar do padre com 299 filhos perdoado por repovoar Trancoso? Trancoso é cidade apenas desde Dezembro de 2004, mas as suas muralhas graníticas escondem inúmeras lendas e histórias.
 Uma delas é a de um clérigo que viveu no século XV e terá gerado 299 filhos em 53 mulheres, muitas das quais suas familiares directas ou próximas, incluindo irmãs e a própria mãe.


A história do padre Costa parece ter começado em 1487 quando, por Carta Régia datada de 31 de Agosto, o monarca português «legitimou Maria Gomes, filha de Diogo Gomes, pároco da Igreja de São Pedro (de Trancoso) e de Maria Eanes, mulher solteira, residente na vila de Trancoso».




O sacerdote terá dormido com 29 afilhadas que deram à luz 97 raparigas e 37 rapazes, não poupou nove comadres a quem «arranjou» 38 rapazes e 18 raparigas. Os relatos existentes dão conta, entre outras situações, que a sete amas fez 29 filhos e cinco filhas e de duas escravas do Presbitério nasceram 21 filhos e sete filhas. A «pujança» e as «aventuras» libidinosas do sacerdote de Trancoso também incluíram uma tia, de quem teve três filhos, e a própria mãe, a quem terá feito dois filhos.



Trancoso
No entanto, apesar da violenta condenação, conta-se que «El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos 17 dias do mês de Março de 1487 com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo, e guardar no Real Arquivo da Torre do Tombo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo».


SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO
(Autos arquivados na Torre do Tombo, Armário 5, Maço 7)
“Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de:

– ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos;

– de cinco irmãs teve dezoito filhas;
– de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas;
– de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas;
– de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas;

– dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos. Total: duzentos e noventa e nove filhos, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres”.



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