Língua
Portuguesa: 37 erros que você comete todos os dias (e nem se apercebe)
Confesse:
quantos destes erros da Língua Portuguesa comete todos os dias? Mais do que
imaginaria... Estes são os erros mais frequentes da Língua Portuguesa.
Hadem convir que todos os dias são cometidos verdadeiros atentados á língua portuguesa. Derivado a isso, resolve-mos ir há procura dos erros mais frequentes, e irritantes, de português. Na frase anterior, à quatro e nesta há um. Sabe quais?
Hades é o deus do mundo inferior e dos mortos, na
mitologia grega, mas há quem insista em usá-lo em lugar de hás de, a forma
correta da segunda pessoa do singular do presente do indicativo do verbo haver
com a preposição de.
Este é um erro fatal e quando aparece escrito, por
exemplo, no mural de Facebook de alguém, constitui justa causa para
desamigamento. Estamos é a conjugação, no presente do indicativo, da primeira
pessoa do plural do verbo estar e é uma palavra só, sem hífen.
Derivado de.
Devido a. Tão simples.
Não. À
leva acento grave. Algumas pessoas teimam no acento agudo, o que é uma
injustiça para o grave, tão pouco usado na língua portuguesa. À é das poucas
palavras que o tem. Façam-lhe justiça.
Por
vezes confunde-se o à com o há, sobretudo quando o verbo haver é usado para
descrever a passagem do tempo. Quando queremos dizer que foi há pouco tempo,
usamos o h, há, do verbo haver. Já se quisermos dizer que precisamos de ir às
compras, dispensamos o h e vamos.
Há o
nome ou substantivo masculino grama, que é uma unidade de medida de massa e há
o nome ou substantivo feminino grama, conceito semelhante a relva. Diz-se um
grama, dois gramas, duzentos gramas.
«Destrocar»
existe. É desmanchar a troca. Compra um bolo de chocolate e
tem um insecto lá dentro. Devolve o bolo. Opera uma destroca, ou simplesmente,
destroca. Deformação popular é empregar o verbo no sentido de trocar notas por
moedas.
Há dois anos, há quatro jogos, há duas aulas. Acaso seria possível há duas
semanas à frente ou ao lado?
A cerca media um metro. O presidente recusa falar acerca de novas
contratações. Veja todas as notícias acerca do que se passa na Líbia. Há cerca
de doze anos, deixei de fumar.
«Beje
é um erro ortográfico e beige é francês. A
cor é bege.
Persistimos na confusão do adjectivo «bom» com o
advérbio «bem». «Estás
bom?» e «estás boa?». A pergunta deve ser: «Estás bem?» Quem utiliza o «bom» ou
«boa» que faça o exercício de utilizar os antónimos: «Estamos/passaste
mau/má?». Quando expressamos assentimento, aquiescência, digamos «está bem» –
como dizemos «está mal» – e nunca «está bom».
Damos
um conselho. Os ministros reúnem-se num conselho de ministros. Temos conselhos
científicos e outros órgãos colegiais. Temos os concelhos de Loures, de Sintra,
ou seja, a ideia de circunscrição territorial.
«Com
certeza» – duas palavras. Com ou sem certeza. Não existe «concerteza».
Para
tudo e mais alguma coisa, os portugueses dizem e escrevem «situação
constrangedora». Constranger é impedir os movimentos, comprimir, subjugar,
coagir. Constrangido é que foi forçado, obrigado, coagido. Confrangedor é
aquilo que aflige, atormenta, angustia, «causa dor».
Despensa é o pequeno
compartimento da casa onde guardamos os produtos alimentares. Dispensa é
o ato de dispensar, a permissão para não executar um dever ou um trabalho.
«Desfolhar»
é tirar folhas ou pétalas. Quem desfolha livros… arranca as páginas. «Folhear»
é ler apressadamente, virando as páginas com ritmo acima da leitura normal.
Evacuam-se
espaços. Não se evacuam pessoas. As pessoas evacuam, claro
está, no sentido de expelir excrementos. Etimologicamente, evacuar é esvaziar.
Em situações extremas, as pessoas são desalojadas.
«Fossemos» – lemos a primeira vogal como u – é do
verbo fossar, revolver a terra com o focinho. «Fôssemos» é do verbo ser e do
verbo ir. A importância de um acento circunflexo.
Os
inimigos são figadais. O ódio é figadal. Oriundo
do fígado, profundo, íntimo. Fidagal não existe – temos «fidalgal», relativo a
fidalgo.
A política do Governo não foi de encontro às ideias da
tróica. Foi ao
encontro das ideias da tróica. «Ir de encontro a» significa tão só esbarrar
fisicamente, implica colisão.
A
palavra é «insossa». Insosso, do latim insulsu, «sem sal» «sem sabor».
O
termo em português é «inclusive», palavra latina que entrou tal qual na língua
portuguesa. O seu antónimo é «exclusive».
Tanto
pode dizer «já» como «agora». Já agora é uma redundância não-intencional, ou
seja, um lugar comum.
A
palavra correta é «losango» do francês losange.
Leitor,
quando emprega esta expressão, pretende transmitir a ideia de imundície?
Pretende dizer mal e suinamente?, mal e sordidamente? A expressão original é
«mal e parcamente» que significa «fez mal e, ainda por cima, fez pouco».
A
expressão é «morrer de fome». Como morrer de tédio, de ciúmes, de riso. Ter
morrido ao frio não
significa que se tenha morrido de
frio.
Onde
é um locativo, localiza no espaço e por isso não deve substituir, como abusivamente
tem feito, o em que ou o na qual. Por exemplo: um período da minha vida onde,
um filme onde, uma música onde, uma frase onde. Tudo
errado. Em que e na qual seriam a fórmula adequada.
A
expressão idiomática é «ovelha ronhosa». Provém de «ronha» e não de «ranho».
Mnemónica: «pedir algo» e não «pedir para algo». Exemplo: O juiz pediu que se
calassem.
Estamos perante um particípio passado – no caso em
apreço, do verbo ver. A
expressão correta é «pelo visto». Perante aquilo que foi visto.
Por
que razão se lê «quanto muito» todos os dias? Muito parece pedir «quanto». A
condição quando muito equivale à condição «no máximo».
Correctamente,
«reouvéssemos».
A
expressão acertada e lógica «é saudades de ti».
«Come
menos doces, senão engordas»: a palavra senão utiliza-se sempre que queiramos
transmitir a ideia de «caso contrário», «de outra forma», «de outro modo», «de
contrário», «excepto», «defeito». Já «se não» tem outro sentido: «se não te
apressas, chegas atrasado».
Alguém
dorme sob a ponte se dormir debaixo da ponte e dorme sobre o jornal se o jornal
estiver debaixo do seu corpo. A situação está sob controlo.
A
expressão é ter que ver. «Ter que ver» como «ter pouco que fazer».
Correcto
é «colher as impressões digitais». Se tirasse as impressões digitais, ficaria
sem elas – imagine a sua pele a ser rasgada, o sangue…
Em
português, grafa-se «ioga».
Fonte: noticiasmagazine.pt
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